quarta-feira, 2 de abril de 2014
terça-feira, 1 de abril de 2014
Os militares nunca foram intrusos na história brasileira
General responsável por comandar o Exército durante a transição
democrática, a partir de 1985, Leônidas Pires Gonçalves, 94, não esconde
seu ressentimento com a maneira como a ditadura é vista atualmente.
“A verdade é filha do poder. Nós, militares, nunca fomos intrusos da
história. Mas, infelizmente, a história contada hoje é mentirosa. Há
muita safadeza”, afirma.
O ministro do Exército do governo Sarney defende com ardor o golpe
dado por militares e civis contra o presidente João Goulart, forma para
ele de defender a “liberdade”. À época, Leônidas era tenente-coronel e,
por isso, se autodefine como “um dos revolucionários históricos”.
Leia trechos da entrevista.
Folha – Passados 50 anos do golpe, por que o Exército ainda não fez uma autocrítica?
Leônidas Pires Gonçalves – O Exército não é intruso da história
brasileira, mas um instrumento da vontade nacional. Atendemos aos apelos
veementes da sociedade. Se as coisas continuassem como eram no governo
João Goulart, não teríamos democracia nem liberdade. Sou muito feliz por
ter nossa democracia, levamos 20 anos para chegar nela. Está pensando
que não sou democrata? O episódio do comunismo no Brasil, do qual a
revolução de 1964 faz parte, é contado de forma safada. Há safadeza
histórica.
Dói para se acabar com um tumor. No começo da revolução, esperávamos
confronto militar. Mas depois vimos que o dispositivo militar do governo
Jango não existia. Jango, aliás, não tinha nada de comunista, era um
bon vivant, fazendeiro. A revolução não é cartesiana. É uma aparente
confusão, mas tem definição bem nítida. Cortamos na própria carne.
Fizemos isso e ninguém lembra. Quantos oficiais foram cassados? Não sei,
mas foram centenas.
Isso sem falar na cassação de políticos, torturas e mortes.
A esquerda dominou completamente o pensamento e a mídia. Sua geração
foi impactada pelo veneno da esquerda. O Exército é poder moderador,
garantidor da lei e da ordem. Evitamos a quebra do país. Ninguém fala o
que eles [a esquerda] fizeram, preferem falar da bomba do Riocentro,
quando dois idiotas fizeram aquilo. Fizemos uma coisa civilizada,
chamada cassação, que é a mesma coisa do chamado ostracismo da Grécia. A
revolução de 1964 foi absolutamente democrática. Não tivemos ditador,
mas sucessivos presidentes eleitos. Votação indireta, mas não ilegítima.
Todos eleitos pelo Congresso. Já vi que sua posição é meio esquisita.
Não havia liberdade, eram tempos de exceção.
Se houve algo, foi pressão política. Isso sim. Mas a revolução não
matou ninguém. Eles [a esquerda] montam essas teorias, isso nos irrita
profundamente. O que aconteceu é que a subversão virou radicalmente, o
que era para fazer? Não se esqueça que toda ação tem uma reação igual.
Eram canalhas, matavam, assaltavam bancos e joalherias, no caso do
sequestro do embaixador [americano Charles Elbrick, em 1969],
desmoralizou o Brasil perante o mundo. São canalhas!
A tortura o sr. reconhece?
Houve. Você não controla a raça humana. Não gosto de falar sobre o
tema, não por não me orgulhar do Exército, mas acho que temos problemas
maiores para ficarmos olhando para trás. Você quer parar o país por
causa de quatro, cinco mortos? Ganharam no tapetão. Não querem falar da
subversão, só falam de 1964 a partir do prisma da revolução. Mas a
revolução não foi limpinha, também cometemos equívocos.
Por que o Exército ainda defende militares criminosos?
O militar cumpre ordens. Contra bandido, você não pode fazer outra
coisa. Na hora da guerra, é matar. Não somos pacifistas na hora da
guerra. O soldado é o cidadão de uniforme para exercício cívico da
violência.
Por que a Comissão da Verdade incomoda tanto?
Por que a verdade, entre aspas, é filha do poder.
FONTE: www.forte.jor.br / Folha de S. Paulo via Resenha do Exército
‘Eu era herói, hoje sou bandido’, diz capitão do exército sobre golpe de 64
Carlos Gomes da Silva atuava no RS e hoje é vereador em Piracicaba (SP)
O
capitão Carlos Gomes da Silva vivenciou o golpe de 1964, que ele chama
de revolução, como sargento em São Leopoldo (RS). Hoje na reserva depois
de atuar em Presidente Prudente (SP), Piracicaba (SP) e Campinas (SP),
ele crê que o fim da ditadura também provocou uma inversão de papéis no
imaginário brasileiro. “Eu era herói e hoje sou bandido. E quem antes
era bandido virou herói.” O militar atua como vereador em Piracicaba.
Gomes não apoia grupos que pedem a volta da ditadura militar, mas crê
que a história não mostra pontos benéficos da intervenção militar. “Não
houve uma revolução, houve uma evolução, nós não podemos distorcer a
história. Quando falam de tortura para mim, eu acredito que houve, mas
nunca presenciei e nunca pratiquei. Minha preocupação sempre foi com a
instituição militar.”
Atuando em um dos locais de maior tensão do golpe militar, Gomes
recorda-se de ter sido chamado pelo comandante em São Leopoldo para
anunciar o golpe. “Ele (o comandante) convocou todos e expôs a situação
do país e perguntou a todos qual era o posicionamento. Alguns falaram
que defendiam a Constituição, logo o presidente, e na minha vez eu disse
que estava ali para seguir ordens. Uma parte foi para casa e eu
fiquei.”
‘Melhor fase’
Integrado ao grupo de “revolucionários”, ou golpistas, o capitão
relatou ter feito viagens para defender pontos estratégicos do estado e
acompanhado manifestações pró-golpe em Porto Alegre (RS). “Foi a minha
melhor fase no Exército, pois eu entrei do lado certo sem saber, apenas
para cumprir ordens.”
Primeiro aluno durante o período de formação militar, vencedor de
inúmeras medalhas em competições de tiro, condecorado com medalhas como
as Estrelas de Bronze, Prata e Ouro por 30 anos de serviços prestados, a
carreira de Gomes sempre foi ascendente e marcada pela atuação no Tiro
de Guerra de diversos municípios.
‘Fim do rancor’
Sobre o período em que os militares ficaram no poder, Gomes crê que
há um rancor entre a população e o Exército oriundo do período.
Avaliando a ditadura, ele crê que se Artur da Costa e Silva, presidente
entre 1967 e 1969 que entrou para a história por promulgar o Ato
Institucional Nº 5, tivesse convocado eleições a imagem do militarismo
seria diferente.
“Havia um pensamento do general Costa e Silva de passar para a
democracia. Se isso tivesse acontecido, o Exército, hoje, estaria sendo
visto de outra maneira. Seria como poder moderador que colocou a casa em
ordem e do tipo: ‘estava desorganizada, organizei, mas continua sendo
sua (povo).’”
Revolução ou golpe?
Enquanto militares institucionalizaram a palavra revolução e a data
oficial da tomada de poder em 31 de março, historiadores defendem que o
ato foi um golpe militar e que aconteceu em 1º de abril. Gomes defende
que o evento foi uma “revolução democrática”. “A família conclamou a
revolução. Articularam uma enormidade de gente na rua em uma época sem
internet. E ninguém quebrou vidros ou amassou carros. Eu lembro de ter
visto muitas mulheres e crianças à frente”, disse.
Hoje afastado de suas obrigações militares, Gomes é vereador pelo PP.
Como ocupante de um cargo eletivo, ele defende o voto. “Eu acho que não
é por aí (golpe militar), tem que ter eleições, vá votar, cobre gente
decente nos partidos. Militar tem que ficar no quartel.”
Como começar um discurso com inteligência
Um exemplo de
oratória e habilidade política, ocorrido há algum tempo na ONU,
fez sorrir toda a comunidade mundial ali presente.
Falava o
representante de Israel na ONU:
- "Antes de
começar o meu discurso, quero contar-lhes algo inédito sobre
Moisés.
(todos ficaram muito
curiosos)...Quando Moisés golpeou a rocha com seu cajado e dela saiu
água, pensou imediatamente":
"Que boa
oportunidade para tomar um banho!".
Tirou a roupa,
deixou-a junto da pedra e entrou n´água. Quando acabou de banhar-se
e quis vestir-se, sua roupa tinha sumido!
Os palestinos
haviam-na roubado!!!"
Um representante da
Palestina de pronto levantou-se furioso e bradou:
"Que mentira
boba e descabida! ...Nem havia palestinos naquela época!!!"
O representante de
Israel então sorriu e afirmou:
"Muito bem...
Então, agora que ficou bem claro quem chegou primeiro a este
território e quem foram os invasores, posso enfim começar o meu
discurso". Se um discurso
semelhante fosse aplicado ao Brasil, seria mais ou menos assim:
Em 1.979, os
Governos Militares, depois de salvar o Brasil do comunismo, e
prepará-lo para um futuro brilhante, com uma grande infraestrutura
governamental, resolveram iniciar a abertura política e se retirar
totalmente da área política, preparando inclusive uma Lei da
Anistia, para perdoar até mesmo aos traidores da Pátria, entre eles
muitos assassinos, sequestradores e assaltantes.
Mas o PT roubou toda
a minuta desses documentos!!!
Aí, com certeza,
uma voz de uma petista, raivosa, diria: MAS EM 1.979 O PT NEM
EXISTIA!!!!
Então podemos
afirmar com absoluta certeza de que o PT nada fez para a
Democratização e Abertura Política do País, nem para seu
desenvolvimento, muito pelo contrário: CONDENOU-O AO ATRASO, À
IGNORÂNCIA E À DESONESTIDADE ENTRE SEUS PARES !
O
Brasil agradece!
Fonte:
Texto - Almir J N
Imagem Ilustrativa - http://pt.dreamstime.com
Montagem - MSB
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