terça-feira, 1 de abril de 2014

Os militares nunca foram intrusos na história brasileira


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General responsável por comandar o Exército durante a transição democrática, a partir de 1985, Leônidas Pires Gonçalves, 94, não esconde seu ressentimento com a maneira como a ditadura é vista atualmente.
“A verdade é filha do poder. Nós, militares, nunca fomos intrusos da história. Mas, infelizmente, a história contada hoje é mentirosa. Há muita safadeza”, afirma.

O ministro do Exército do governo Sarney defende com ardor o golpe dado por militares e civis contra o presidente João Goulart, forma para ele de defender a “liberdade”. À época, Leônidas era tenente-coronel e, por isso, se autodefine como “um dos revolucionários históricos”.

general LeônidasLeia trechos da entrevista.

Folha – Passados 50 anos do golpe, por que o Exército ainda não fez uma autocrítica?
Leônidas Pires Gonçalves – O Exército não é intruso da história brasileira, mas um instrumento da vontade nacional. Atendemos aos apelos veementes da sociedade. Se as coisas continuassem como eram no governo João Goulart, não teríamos democracia nem liberdade. Sou muito feliz por ter nossa democracia, levamos 20 anos para chegar nela. Está pensando que não sou democrata? O episódio do comunismo no Brasil, do qual a revolução de 1964 faz parte, é contado de forma safada. Há safadeza histórica.

Não deveria haver uma análise realista do passado?
Dói para se acabar com um tumor. No começo da revolução, esperávamos confronto militar. Mas depois vimos que o dispositivo militar do governo Jango não existia. Jango, aliás, não tinha nada de comunista, era um bon vivant, fazendeiro. A revolução não é cartesiana. É uma aparente confusão, mas tem definição bem nítida. Cortamos na própria carne. Fizemos isso e ninguém lembra. Quantos oficiais foram cassados? Não sei, mas foram centenas.

Isso sem falar na cassação de políticos, torturas e mortes.
A esquerda dominou completamente o pensamento e a mídia. Sua geração foi impactada pelo veneno da esquerda. O Exército é poder moderador, garantidor da lei e da ordem. Evitamos a quebra do país. Ninguém fala o que eles [a esquerda] fizeram, preferem falar da bomba do Riocentro, quando dois idiotas fizeram aquilo. Fizemos uma coisa civilizada, chamada cassação, que é a mesma coisa do chamado ostracismo da Grécia. A revolução de 1964 foi absolutamente democrática. Não tivemos ditador, mas sucessivos presidentes eleitos. Votação indireta, mas não ilegítima. Todos eleitos pelo Congresso. Já vi que sua posição é meio esquisita.

Não havia liberdade, eram tempos de exceção.
Se houve algo, foi pressão política. Isso sim. Mas a revolução não matou ninguém. Eles [a esquerda] montam essas teorias, isso nos irrita profundamente. O que aconteceu é que a subversão virou radicalmente, o que era para fazer? Não se esqueça que toda ação tem uma reação igual. Eram canalhas, matavam, assaltavam bancos e joalherias, no caso do sequestro do embaixador [americano Charles Elbrick, em 1969], desmoralizou o Brasil perante o mundo. São canalhas!

A tortura o sr. reconhece?
Houve. Você não controla a raça humana. Não gosto de falar sobre o tema, não por não me orgulhar do Exército, mas acho que temos problemas maiores para ficarmos olhando para trás. Você quer parar o país por causa de quatro, cinco mortos? Ganharam no tapetão. Não querem falar da subversão, só falam de 1964 a partir do prisma da revolução. Mas a revolução não foi limpinha, também cometemos equívocos.

Por que o Exército ainda defende militares criminosos?
O militar cumpre ordens. Contra bandido, você não pode fazer outra coisa. Na hora da guerra, é matar. Não somos pacifistas na hora da guerra. O soldado é o cidadão de uniforme para exercício cívico da violência.

Por que a Comissão da Verdade incomoda tanto?
Por que a verdade, entre aspas, é filha do poder.


FONTE:      www.forte.jor.br   /    Folha de S. Paulo via Resenha do Exército

‘Eu era herói, hoje sou bandido’, diz capitão do exército sobre golpe de 64



Carlos Gomes da Silva

Carlos Gomes da Silva atuava no RS e hoje é vereador em Piracicaba (SP)

O capitão Carlos Gomes da Silva vivenciou o golpe de 1964, que ele chama de revolução, como sargento em São Leopoldo (RS). Hoje na reserva depois de atuar em Presidente Prudente (SP), Piracicaba (SP) e Campinas (SP), ele crê que o fim da ditadura também provocou uma inversão de papéis no imaginário brasileiro. “Eu era herói e hoje sou bandido. E quem antes era bandido virou herói.” O militar atua como vereador em Piracicaba.
Gomes não apoia grupos que pedem a volta da ditadura militar, mas crê que a história não mostra pontos benéficos da intervenção militar. “Não houve uma revolução, houve uma evolução, nós não podemos distorcer a história. Quando falam de tortura para mim, eu acredito que houve, mas nunca presenciei e nunca pratiquei. Minha preocupação sempre foi com a instituição militar.”
Atuando em um dos locais de maior tensão do golpe militar, Gomes recorda-se de ter sido chamado pelo comandante em São Leopoldo para anunciar o golpe. “Ele (o comandante) convocou todos e expôs a situação do país e perguntou a todos qual era o posicionamento. Alguns falaram que defendiam a Constituição, logo o presidente, e na minha vez eu disse que estava ali para seguir ordens. Uma parte foi para casa e eu fiquei.”

‘Melhor fase’
Integrado ao grupo de “revolucionários”, ou golpistas, o capitão relatou ter feito viagens para defender pontos estratégicos do estado e acompanhado manifestações pró-golpe em Porto Alegre (RS). “Foi a minha melhor fase no Exército, pois eu entrei do lado certo sem saber, apenas para cumprir ordens.”
Primeiro aluno durante o período de formação militar, vencedor de inúmeras medalhas em competições de tiro, condecorado com medalhas como as Estrelas de Bronze, Prata e Ouro por 30 anos de serviços prestados, a carreira de Gomes sempre foi ascendente e marcada pela atuação no Tiro de Guerra de diversos municípios.

‘Fim do rancor’
Sobre o período em que os militares ficaram no poder, Gomes crê que há um rancor entre a população e o Exército oriundo do período. Avaliando a ditadura, ele crê que se Artur da Costa e Silva, presidente entre 1967 e 1969 que entrou para a história por promulgar o Ato Institucional Nº 5, tivesse convocado eleições a imagem do militarismo seria diferente.
“Havia um pensamento do general Costa e Silva de passar para a democracia. Se isso tivesse acontecido, o Exército, hoje, estaria sendo visto de outra maneira. Seria como poder moderador que colocou a casa em ordem e do tipo: ‘estava desorganizada, organizei, mas continua sendo sua (povo).’”

Revolução ou golpe?
Enquanto militares institucionalizaram a palavra revolução e a data oficial da tomada de poder em 31 de março, historiadores defendem que o ato foi um golpe militar e que aconteceu em 1º de abril. Gomes defende que o evento foi uma “revolução democrática”. “A família conclamou a revolução. Articularam uma enormidade de gente na rua em uma época sem internet. E ninguém quebrou vidros ou amassou carros. Eu lembro de ter visto muitas mulheres e crianças à frente”, disse.

Hoje afastado de suas obrigações militares, Gomes é vereador pelo PP. Como ocupante de um cargo eletivo, ele defende o voto. “Eu acho que não é por aí (golpe militar), tem que ter eleições, vá votar, cobre gente decente nos partidos. Militar tem que ficar no quartel.” 

Como começar um discurso com inteligência



Um exemplo de oratória e habilidade política, ocorrido há algum tempo na ONU, fez sorrir toda a comunidade mundial ali presente.

Falava o representante de Israel na ONU: 

- "Antes de começar o meu discurso, quero contar-lhes algo inédito sobre Moisés.
(todos ficaram muito curiosos)...Quando Moisés golpeou a rocha com seu cajado e dela saiu água, pensou imediatamente":

"Que boa oportunidade para tomar um banho!".

Tirou a roupa, deixou-a junto da pedra e entrou n´água. Quando acabou de banhar-se e quis vestir-se, sua roupa tinha sumido!

Os palestinos haviam-na roubado!!!" 

Um representante da Palestina de pronto levantou-se furioso e bradou:

"Que mentira boba e descabida! ...Nem havia palestinos naquela época!!!"

O representante de Israel então sorriu e afirmou: 

"Muito bem... Então, agora que ficou bem claro quem chegou primeiro a este território e quem foram os invasores, posso enfim começar o meu discurso". Se um discurso semelhante fosse aplicado ao Brasil, seria mais ou menos assim:

Em 1.979, os Governos Militares, depois de salvar o Brasil do comunismo, e prepará-lo para um futuro brilhante, com uma grande infraestrutura governamental, resolveram iniciar a abertura política e se retirar totalmente da área política, preparando inclusive uma Lei da Anistia, para perdoar até mesmo aos traidores da Pátria, entre eles muitos assassinos, sequestradores e assaltantes.

Mas o PT roubou toda a minuta desses documentos!!!

Aí, com certeza, uma voz de uma petista, raivosa, diria: MAS EM 1.979 O PT NEM EXISTIA!!!! 






Então podemos afirmar com absoluta certeza de que o PT nada fez para a Democratização e Abertura Política do País, nem para seu desenvolvimento, muito pelo contrário: CONDENOU-O AO ATRASO, À IGNORÂNCIA E À DESONESTIDADE ENTRE SEUS PARES ! 

O Brasil agradece!

Fonte: Texto - Almir J N 
              Imagem Ilustrativa -  http://pt.dreamstime.com 
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